segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Duas Rodas com Estilo

Começa assim a reportagem da Revista Veja, de 14 de Janeiro de 2009: "Gente que poderia andar de carro arfando na bicicleta parecia uma impossibilidade absoluta." E continua: "Mas o trânsito infernal das grandes cidades foi mais forte do que a poluição e outros riscos".







A reportagem da coluna Estilo cita os exemplos de Paris e outras cidades européias, que oferecem bicicletas para alugar. Aqui no Brasil, ainda que de forma embrionária, São Paulo e Rio de Janeiro dispõem de serviço similar. Mas o fato importante é o seguinte: mesmo com a praticamente inexistência de ciclovias em São Paulo, há pessoas que, como o francês Gregoire Dufoure, diretor financeiro, vão ao trabalho de bicicleta - no caso dele, de terno e gravata. Segundo o francês, com o trajeto curto, de 3 quilômetros, ele nem chega a suar, além de que de bicicleta ele leva um terço do tempo que levaria de carro.



De fato, conforme Marco Antonio Borges Netto cita em seu blog CRISE [!] - REVISTA DE ARQUITETURA E URBANISMO, o mercado de bicicletas está aquecido, com a produção mundial crescendo mesmo em tempos de crise. É algo para nós arquitetos, urbanistas e planejadores pensarmos. É claro que priorizar a circulação das bicicletas no sistema viário é uma atitude que depende muito mais de vontade (e conveniência) política do que de recomendações técnicas; mas, olhando para nossos edifícios comerciais novinhos em folha, ultra tecnológicos, qual o lugar da bicicleta? Será que nós arquitetos estamos pensando ma conveniência de quem deseja ir ao trabalho pedalando? Estamos destinando espaço para "estacionar" as bicicletas? E mais: estamos projetando, por exemplo, vestiários, para que o trabalhador, depois de pedalar e chegar suado ao escritório (quando o trajeto não é tão curto quanto o do francês da reportagem), possa tomar um belo banho e colocar sua roupa de trabalho?

3 comentários:

Marco Antonio Souza Borges Netto - Marcão disse...

E Belo Horizonte que desconhece bicicleta. Não há ciclovias. Tá certo que a cidede é um sobe desce sem fim. Mas isso justifica?

Eu, na realidade, tenho medo do trânsito. Todo dia pego uma via com um volume grande de carros e que privilegia a velocidade. O outro caminho é muito morro. Transpirarei muito.

Seria bom se houvesse ciclovia.

Edgar Pereira disse...

Pois é, é complicado mesmo disputar espaço com os carros, quando não há espaço destinado às ciclovias.

Finalmente, aqui em Curitiba, acho que a equipe de urbanismo do prefeito ouviu as conversas aqui do escritório (rs) e resolveu fazer uma ciclovia num local em que não sei porquê não tem ainda: no canteiro central de uma das principais avenidas que cortam a cidade. Basta aguardarmos.

João Paulo disse...

Olá Edgar!
Uau, faz tempo que não apareço por aqui...

Bem, bicicleta é comigo mesmo. Acrescentando um pouco de humanidade à matéria digo que, cada vez que utilizo outro meio de transporte, fico melhor convencido de que a bicicleta é imbatível. Do trabalho (ou de casa) até a faculdade são 5 km de que não abro mão, apesar dos acidentes geográficos.

Quanto aos carros, percebi que ciclistas bem-educados, que utilizam sinais e seguem as leis de trânsito JUNTO com os motoristas são mais respeitados e conseguem evitar problemas. Já os pedestres poderiam ter um pouco mais de consciência...

Em vias de trânsito rápido, não tem jeito mesmo. O negócio é ficar na calçada! :D